I
O dia já se mostrava,
Sisudo, de chuva farta,
S. Pedro colaborou,
No principal ajudou,
Respondeu à minha carta.
II
Conforto do autocarro,
Dá mais prazer à viagem,
Só tempo não ajudou,
A quem cedo madrugou,
P'ra desfrutar a paisagem.
III
Barco saleiro, sem tecto,
Na Ria nos esperava,
Percorreu os seus canais,
Com água mansa, demais,
Mas que bem nos animava.
IV
A chuva fez uma pausa,
P'ra nos dar mais alegria,
E saímos com saudade,
E uma forte vontade,
De voltar àquela Ria!!!
Fernando N. Costa
Manique - CASCAIS
Sócio Nº 8393
SALINAS E MOLICEIROS: Breves notas
As salinas de Aveiro funcionam em declividade e por decantação e, as suas paredes são feitas com lama e herbário;
Já não há apanha de moliço (conjunto de plantas aquáticas), pois que os moliceiros utilizam produtos químicos para adubar as terras, em vez do moliço, dado que fica mais económico, por cultivarem produtos destinados à comercialização;
Para que nunca falte água nas salinas, há tanques de reserva à entrada das mesmas, porque as marés altas são só de quinze em quinze dias, e, com a acção dos ventos e do Sol, depressa se evapora a água destas; Os metais pesados, em suspensão na água e transportados para as diversas salinas, ficam retidos na raiz duma planta, parecida com um pinheirinho, chamada SALICÓRNIA. Essas plantas são comestíveis e eram consumidas só pelos marnotos, mas, hoje já muita gente as consome, separando a raiz. Tivemos o prazer de as provar e constatar que são saborosas. Incineradas, produzem a soda (salicor), verdes, podem utilizar-se como alimento em conserva de vinagre como os pepinos.
A seguir ao almoço, visitámos o Museu da Fábrica da Vista Alegre; a Capela da Nossa Senhora da Penha de França, de finais do séc. XVII e a Loja da Fábrica.
Fernando N. Costa
Sócio nº 8393