O lugar do 25 de Abril é na Assembleia

(Manuel Carvalho, Público, pg 16)

Na discussão instalada sobre como comemorar o 25 de Abril, sublinhando a conquista da Liberdade e que conduziu a uma Constituição que assegura que mesmo em tempos de pandemia a Liberdade se mantém, o texto (editorial) de Manuel Carvalho é exemplar. Sibilino, duro, mas evitando o insulto falso e, por vezes, mesmo injusto a quem não defende a comemoração na Assembleia da República. Sem querer “orientar” a leitura integral do (pequeno) texto, permito-me sublinhar algumas passagens:

“Disse a deputada (Catarina Martins) “Não se trata de abrir o parlamento para festejar. Trata-se de não o fechar no dia em que se assinala a democracia.”

“(…) há milhares de portugueses que, no cumprimento das suas obrigações ou necessidades, têm de sair de casa todos os dias. É o que se exige aos políticos que nos representam no 25 de Abril”

” Se o líder do CDS se ausentar, sobra a conclusão: para ele, evocar o 25 de Abril não é um dever seu enquanto líder de um partido democrático. É apenas uma extravagância que um bando de privilegiados utiliza para, como afirma a petição, escaparem ao confinamento e se adornarem com cravos e banquetearem com discursos”

António Avelãs