MEMÓRIA E ESPERANÇA 2021
O SPGL foi solicitado para participar na iniciativa “Memória e Esperança 2021”, que decorre nos dias 22,23 e 24 de outubro.” Memória e Esperança 2021 pretende ser um “luto comunitário” recordando os cerca de 17000 portugueses que morreram devido à pandemia, mas também um momento de esperança e exigência para o futuro. Um futuro que, como bem sustenta o Manifesto da iniciativa, exige uma visão global, uma visão que torne possível que em todos os países haja determinação vontade, e possibilidade de um combate efetivo da pandemia. Da pandemia, nenhum país se salva sozinho: a salvação de cada um depende da salvação de todos, o que confere uma enorme responsabilidade aos países mais ricos e às organizações internacionais.
Em Portugal, a situação pandémica parece estar controlada, mas o vírus ainda circula, havendo sempre o perigo de novas variantes. E isso obriga-nos não só a uma exigente atenção, mas também a garantir os meios necessários a uma rápida resposta perante um não desejável incremento da pandemia. O SNS deu uma extraordinária resposta à crise pandémica, mas está notoriamente “estafado” e, a não haver uma consolidação, paira sobre o SNS a ameaça uma crise que seria desastrosa para o país.
A pandemia (ainda em curso) deixou traumas de variada espécie, de que o crescimento de diferentes matizes de doenças mentais tem sido a mais referenciada; mas provocou também significativos atrasos em cirurgias, em consultas, enfim na “saúde não-Covid”. “Memória e Esperança 2021” é, portanto, também uma exigência para o presente e para o futuro. É preciso que sejamos capacitados para tratar as sequelas que a pandemia provocou em toda a sociedade; é preciso reforçar o SNS para que ele possa cumprir a sua função: possibilitar a todos os que aqui residem, portugueses ou estrangeiros, o acesso eficaz à saúde, nomeadamente a resposta a um não desejável agravamento da situação epidémica.
Precisamos de uma esperança lúcida e exigente. O SPGL não faltará nesta luta! E regista com agrado que várias escolas tomaram a decisão de se associar a este movimento.
António Avelãs
Texto de MARY MALON
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