“Clima: o mesmo Editorial em 200 revistas para uma acção urgente”

Com o título em epígrafe, o Público de 6 de setembro desenvolve, ocupando toda a página 31, o tema das implicações que as alterações climáticas estão a produzir na degradação da saúde. 200 revistas de saúde pública, de grande projeção internacional, alertam para os efeitos das secas, das ondas de calor, da destruição do mundo natural, enfim, da deterioração do clima na saúde de todos nós. Perante a força dos repetidos tornados, de incêndios gigantescos, de enxurradas brutais, da seca progressiva de partes do planeta, do degelo das zonas polares, não há lugar para “negacionismos” idiotas ou hesitações complacentes.

É urgente mudar hábitos e modelos de economia e isso tem de ser feito no respeito pelos trabalhadores. O indispensável novo modelo de desenvolvimento económico tem de produzir mais e melhor emprego, não pode deixar para trás os que veem as suas profissões a desaparecer, como não pode aproveitar-se da dificuldade em encontrar um posto de trabalho para degradar (ainda mais) as condições de quem trabalha. Mas o combate à crise climática é uma tarefa mundial; tem que envolver todos os países, todos os continentes. Os países mais ricos têm de ajudar os menos desenvolvidos, sem criar novas formas de colonialismo ou de paternalismo bacoco.  E isto é para já, se quisermos deixar aos nossos netos um Mundo viável.

António Avelãs