Cerca de duas dezenas de professores desempregados ou com contratos a termo concentraram-se, ao final da tarde de 18 de Fevereiro, num "protesto simbólico" em frente ao Ministério da Educação, na Avenida 5 de Outubro. O objectivo foi chamar a atenção para a "precariedade" que afecta dezenas de milhares de profissionais.

"No fundo, o objectivo do protesto é tentar ganhar espaço para que não se repita o que aconteceu no último concurso nacional de colocação de professores", explicou António Avelãs, responsável pela concentração.

Lembramos que nos últimos concursos nacionais, em 2009, "só cerca de 230 professores" contratados conseguiram entrar para os quadros do Ministério da Educação (ME), considerando que as próximas colocações - em 2011 - serão "uma oportunidade para se corrigir" esses números.

A realização de um concurso nacional em 2011 - antecipando-o em dois anos - foi um dos compromissos associados ao acordo de princípios sobre avaliação e carreiras, assinado em Janeiro pela ministra Isabel Alçada e pelos sindicatos de professores.

A esperança é que o ministério crie um número de vagas de quadro, que permita integrar parte importante dos cerca de 30 mil contratados. Até porque, nos dois últimos anos, os quadros do ME perderam 20 mil professores. Mas os lugares a abrir ainda não foram discutidos.