Vitória de Trump começa a reforçar os movimentos e partidos de extrema-direita na Europa?
Ontem, dia 13 de novembro, realizou-se uma manifestação de imigrantes em Lisboa, com o objetivo de exigirem uma alteração da Lei de Imigração para resolver o problema de cerca de 30 mil estrangeiros que vivem em Portugal, sem autorização de residência, apesar de trabalharem, fazerem descontos para a Segurança Social e pagarem impostos.
Porém, segundo o DN, “No seguimento da convocação desta manifestação, o PNR marcou para o mesmo local um protesto, que tem como lema contra a "invasão de imigrantes, por uma justiça social para os portugueses".
Na sequência destas duas manifestações, um militante do PNR que desrespeitou a barreira e as ordens policiais, foi detido e, depois de identificado, saiu em liberdade.
Posteriormente, registou-se um novo incidente envolvendo mais de 20 membros do PNR, que se deslocaram à sede do Partido Livre, onde decorria um debate com o tema “Como combater o trumpismo - notas e lições sobre a campanha nos EUA”. Os organizadores foram informados desta ação contra o "debate e o partido” através da PSP, que conseguiu controlar os invasores.
Entretanto, o jornal Expresso, na sua edição “online” de ontem, anunciou que os “Primeiros contactos de Trump foram com a extrema-direita britânica e francesa”, e que “a líder da Frente Nacional, Marine Le Pen, considera que a eleição de Donald Trump para presidente dos Estados Unidos da América (EUA) “é sobretudo a vitória do povo contra as elites” e “crê que há um paralelo entre o que sucedeu nos EUA e o que pode acontecer em França, onde as sondagens apontam Marine Le Pen como provável primeira classificada na primeira volta das eleições presidenciais de abril de 2017, mas sem maioria absoluta.” Segundo o DN, para Marine Le Pen, a vitória de Trump ““É uma pedra adicional na construção de um novo mundo, destinado a substituir o antigo"”.
Jorge Sampaio, no Público de hoje, “alerta para a "tendência global" dos movimentos populistas, a propósito também da eleição de Donald Trump. Neste ensaio para o PÚBLICO, o ex-Presidente da República afirma que o "Brexit" constitui um "ponto de não-retorno" e que a própria Europa tem de travar a "corrida para o abismo".
Paula Rodrigues
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