União Europeia: implacável com desvio de 0,2% na economia, indiferente ao racismo na Hungria
É relativamente secundário – embora positivo - que o referendo deste domingo na Hungria sobre a entrada de refugiados seja juridicamente inválido por não terem votado 50% dos eleitores. Grave é que 98% dos que votaram (44%) apoiaram as posições racistas e fascistoides do presidente Vitor Orbán. Lamentável é que a União Europeia, tão lesta a despachar ameaças de sanções e corte de fundos por desvios mínimos em relação às metas orçamentais que, arbitrariamente, impõe, ameaçando a economia dos países mais pobres, ignore olimpicamente a atitude de um governo que se recusa a receber 1294 refugiados e tece sobre eles afirmações marcadamente racistas. Uma Hungria de que emigraram nos últimos anos mais de 400000 pessoas.
Não é esta União Europeia- sem valores- que sonhámos. Haverá condições para a mudar?
António Avelãs