Artigo:Uma leitura muito crítica

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Uma leitura muito crítica ao actual funcionamento da Formação Contínua dos professores (a nota que a FENPROF lhe atribuiria seria de péssimo) foi o tema fundamental da conferência de imprensa, hoje realizada, com a presença de Mário Nogueira, António Avelãs e Manuel Rodrigues, dirigentes da FENPROF.

 Mário Nogueira apresentou a Formação Contínua como uma das questões particularmente importantes para os professores, quer porque potencia e promove melhores práticas científico-pedagógicas, quer pelas suas consequências ao nível da carreira. No que respeita a esta última vertente, e de acordo com a nova legislação, a progressão na carreira exige uma formação anual, com sucesso, de 25 horas.

Entretanto – e apesar da acrescida importância assumida pela Formação Contínua – são inúmeros os problemas presentes nesta área (e que naturalmente alimentam um florescer de negócios). Desde o ratio centros de formação / número de docentes, às áreas geográficas consideradas, ao processo de financiamento. Ou ainda os locais, os horários/calendários, a exclusão dos Centros de Formação das Associações Profissionais e Sindicais do processo de financiamento da formação, a secundarização das instituições do ensino superior, o modelo de gestão.

A FENPROF exige uma Formação Contínua assente em princípios de qualidade, “com condições de financiamento e de realização adequadas, por forma a responder às necessidades de todos os docentes, das escolas e do sistema educativo”.

Exige ainda ser ouvida, em processo negocial, em todas as matérias que digam respeito à formação de professores. Nesse sentido vai de imediato formalizar um pedido de reunião ao ME. Um imperativo e uma necessidade urgente, pois estão em causa direitos fundamentais dos professores e o próprio cumprimento de deveres impostos pela lei.

Junto segue um documento da FENPROF que inclui um levantamento de alguns aspectos fundamentais do funcionamento dos Centros de Formação das Associações de Escolas.