Uma escola reabriu no Alentejo. Em Cabrela, escreveu-se o mais bonito dos poemas
Gostei de ler a crónica de João da Silva “Uma escola reabriu no Alentejo. Em Cabrela, escreveu-se o mais bonito dos poemas”. E recomendo a sua leitura.
Quem assistiu ao encerramento de tantas e tantas escolas “primárias” (sobretudo no interior do país, mas não só, pois nesse particular os “critérios” administrativos e economicistas tudo levaram à frente sem terem em atenção nem particularidades nem contextos) para a “reorganização da rede” e a criação (a régua e esquadro) de agrupamentos, reagrupamentos e mega-agrupamentos de escolas (e de problemas!), gostará de saber que “esta” escola, depois de 8 anos de encerramento, reabriu.
Nas palavras de Paula Martins, presidente da Junta de Freguesia de Cabrela, concelho de Montemor-o-Novo: “Foi a melhor notícia dos últimos tempos para a nossa vila. Um sonho tornado realidade. A reabertura de uma escola é um sinal de que pode haver uma viragem, um sinal de desenvolvimento no interior e simultaneamente uma melhoria significativa da qualidade de vida destas crianças. Para mim, e uma vez que vi a escola fechar portas no primeiro ano do meu primeiro mandato, com apenas três alunos inscritos, não consigo esconder a alegria que sinto”.
Seria bom que muitas outras reaberturas de escolas (bem como outros equipamentos sociais), no interior e no litoral se seguissem, não só “permitindo que as crianças da terra estudem próximo de casa”, mas contribuindo decisivamente para atrair e fixar famílias e desenvolver as localidades.
Enquanto isso não acontece, pelo menos registemos esta felicidade.
M. Micaelo