Artigo:Um futuro ameaçador

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Um futuro ameaçador

Respondendo à “realidade” – o que sempre fica bem num jornal diário – o Público de hoje, 19 de janeiro, dedica largo espaço a questões da Educação, desde logo o destaque que lhe é dado na 1ª página. A análise da proposta negocial apresentada pelo M.E. ocupa as páginas 14 e 15, o novo curso privado de Medicina ocupa a página 18 e há dois artigos de opinião (páginas 8 e 40). Mas porque nem só de Educação se alimentam as preocupações dos professores, chamo a atenção para dois outros artigos: “Ventura e o Chega são potencialmente mais perigosos que Bolsonaro” (pgs 20 e 21 e “Republicanos extremistas ganham espaço nas comissões do Congresso” (pg 23). O professor João Cezar Castro Rocha, que tem dedicado os últimos anos a entender o fenómeno do bolsonarismo, questionado sobre o crescimento da extrema-direita em Portugal, responde: “Considero o Chega e André Ventura potencialmente mais perigosos do que Jair Messias Bolsonaro. Bolsonaro jamais teve uma estrutura partidária fiel a ele, como Ventura tem, e o Chega tem crescido paulatinamente a cada eleição.”

Analisando o Congresso norte-americano, Alexandre Martins faz notar que “dois congressistas da ala mais à direita do trumpismo ”vão liderar um quase certo processo de destituição contra Joe Biden” e que fervorosos “trumpistas” vão liderar comissões tão importantes como a de Supervisão Geral e Segurança Interna e a de Ciência, Espaço e  Tecnologia. Aliás, o texto de Alexandre Martins ilustra bem a desqualificação que atinge a democracia americana.

Tempos tenebrosos espreitam. Poderemos esconjurá-los?

Boas leituras.

António Avelãs