Este está a ser “um dos mais atribulados e negativos arranques de um ano letivo”, afirmou o secretário-geral da FENPROF, na conferência de imprensa para divulgação da avaliação sobre a abertura do ano letivo e divulgação das primeiras ações e lutas dos professores.

 Na apresentação do documento da FENPROF, Mário Nogueira destacou, em particular, o atraso na colocação de milhares de professores, a colocação de milhares de docentes dos quadros noutras escolas, a falta de professores em muitos estabelecimentos de educação e ensino, o atraso no envio de orientações para as escolas, a falta de pessoal não docente nas escolas, a falta de muitos professores de Educação Especial, a proliferação de situações muito díspares relativamente à organização dos horários letivos dos professores do 1º Ciclo do Ensino Básico, a constituição de turmas em escolas do 1º Ciclo com vários anos de escolaridade, dúvidas quanto à manutenção das atividades de enriquecimento curricular, constituição de turmas com mais de 30 alunos, constituição de turmas que desrespeitam as normas em vigor relativamente a alunos com necessidades educativas especiais, coexistência de vários manuais de matemática e português, más condições de trabalho para alunos e docentes, penúria financeira de muitas escolas.

Um quadro extremamente negativo de que há muitos exemplos concretos, por todo o país.

Os professores não ficarão de braços cruzados

Face a esta situação, os professores e a FENPROF não ficarão de braços cruzados. De imediato, a ação sindical irá desenvolver-se em diversas vertentes:

 - reunião com a Inspeção-Geral de Educação e Ciência, para apresentar o rol de situações ilegais;

 - apelo à presença dos professores na concentração de aposentados que terá lugar no Rossio, dia 25;

 - (I)MURAL do desemprego e da precariedade dos professores portugueses;

 - uma Carta Aberta em defesa da Escola Pública;

 - Tomada de posição dos professores em defesa da educação pública de qualidade;

 - diferentes iniciativas no 5 de Outubro, dia Mundial dos Professores;

 - participação, dia 19 de Outubro, na ação nacional promovida pela CGTP;

 - realização de reuniões sindicais nas escolas e agrupamentos, em todo o país.