Um asco chamado Durão Barroso
Há noticias que (me) enojam. O DN de 7 de maio de 2018, inclui no suplemento Dinheiro Vivo uma notícia sobre a intervenção de Durão Barroso numa conferência em Cascais. Dá-lhe um sugestivo e politicamente ambíguo título: A UE têm de lidar "de forma mais inteligente" com as migrações. O texto esclarece o pensamento deste senhor (...): "temos de ser abertos e humanitários mas não podemos aceitar toda a gente", frase que poderá ser subscrita por qualquer membro de atuais governos da Polónia, da Hungria, ou da República Checa... "Não podemos aceitar toda a gente" significa que nós decidimos aceitar os que nos convêm e apenas esses. E se não nos convier aceitar ninguém... Um nojo, reforçado por outra ideia expressa um pouco mais à frente: é preciso defender as fronteiras externas da UE. Estaremos todos de acordo. Mas defendê-la de ataques externos, do terrorismo internacional e não para impedir a entrada dos fugitivos que as nossas guerras provocaram no Médio Oriente e no norte de África. Ora "Defender as fronteiras externas" significa para este sujeito impedir a entrada de refugiados, como que se depreende das afirmações de Durão Barroso, esse mesmo que patrocinou, em nome de Portugal, a agressão criminosa ao Iraque, destruindo um país e criando nele e em toda a zona) as situações que justificam a fuga dos seus cidadãos para a Europa. Um Durão Barroso que não foi mais do que um caricato presidente da União Europeia que ajudou a descredibilizar. Um Durão Barroso que transitou diretamente da UE para lugar de presidente de um dos bancos com mais responsabilidade na crise económica que devastou Portugal (e outros países) - o Goldman Sachs. E lembrar-me eu de que tivemos esta miserável figura como primeiro-ministro do nosso país...
Quem continua a dar guarida a semelhante traste?
António Avelãs