Artigo:Um 3º período fora do comum – teletrabalho, ensino a distância e outras …

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Um 3º período fora do comum – teletrabalho, ensino a distância e outras …

O tempo que vivemos impôs um silencio agreste nas escolas. A ausência dos alunos nos corredores e nos pátios é efetivamente inquietante! Domina a incerteza.
Crianças e jovens mantêm-se em casa, assim como os seus professores e educadores. Uns e outros devem manter o contacto através dos mais diversos meios, tentando manter vivo o papel da escola - ensinar, aprender e conviver ao longe - com meios mais ou menos sofisticados que muitos não têm e outros não dominam, mas o esforço está reconhecidamente a fazer-se …
O improviso das soluções encontradas para resolver o problema no ensino após o encerramento abrupto dos estabelecimentos de ensino, rapidamente fez passar para o domínio público, o excesso de trabalho que, em alguns casos, estava a ser pedido aos alunos pelos seus professores. Para resolver este problema, direções de escolas e professores têm desenvolvido procedimentos para dar resposta a esta preocupação.
Também os professores passaram a estar assoberbados de trabalho, desde logo, tentando a adaptar-se a trabalhar com os seus alunos através de plataformas que desconheciam e/ou não dominam. Foram-lhes propostas várias formações, que esforçadamente tentaram frequentar, mas não é fácil!
Para além disso, foram e são chamados a participar em múltiplas reuniões e/ou fóruns, conselhos de turma, reuniões de departamento, conselhos pedagógicos, etc. Isto é, mantiveram ou alargaram as atividades de caráter burocrático que tinham presencialmente nas escolas, enquanto têm de preparar o trabalho que desenvolverão com os alunos. Mais uma vez, frequentemente para além do horário que seria razoável.
Contudo, alguns, ainda tiveram e têm de lidar com a sede “controleira” de umas quantas, felizmente poucas, direções de escolas. Para além do registo nas plataformas adotadas pelas escolas, são pedidos relatórios diários de atividade, envio antecipado de planificações e disponibilidade permanente para atender telefonemas e responder a mails.
Entre as várias novidades apresentadas aos professores, surgiu recentemente, a possibilidade de gravação das “aulas” nas plataformas com os alunos e a sua divulgação durante um determinado período: aceitar ou não? Consequências de uma ou outra decisão?  A insegurança é muita e as pessoas interrogam-se frequentemente sobre o que é razoável ou possível e isso também pesa no dia a dia.
É importante que os responsáveis compreendam que não é sensato introduzir ainda mais instabilidade na instabilidade.
O teletrabalho tem regras e o ensino a distância também. Há direitos e obrigações definidos. A Comissão Nacional de Proteção de Dados divulgou um conjunto de orientações que são úteis para todos nós. Se não as conhece, consulte-as aqui!