A suspensão desta “revisão curricular” e uma reorganização curricular adequada às necessidades são reivindicações de fundo aprovadas pela Tribuna Pública que teve hoje lugar frente ao MEC, na 5 de Outubro, em Lisboa.
Fraude, mentira, desrespeito, e indispensável suspensão deste arremedo de revisão curricular – foram as palavras com que Nabarrete, dirigente do SPGL e da FENPROF, introduziu as razões da luta dos professores contra a “revisão curricular” que o MEC pretende implementar. Um processo que põe em causa a escola pública, arrasta para o desemprego ainda mais professores, ignora os contributos dos professores, associações, sindicatos e do Conselho Nacional de Educação.
Intervieram na Tribuna representantes das associações dos setores de professores mais atingidos pela política do ministério – como é o caso dos professores de Educação Técnica e Tecnológica e os de Educação Visual e Tecnológica.
Como representante da FENPROF no Conselho Nacional de Educação, Paulo Sucena sublinhou a necessidade de alertar a sociedade e toda a comunidade para a ofensiva contra a escola pública que está em curso. Porque “não há escola democrática sem equidade”, nem “educação neutra”.
Após intervenção de representantes dos grupos parlamentares do Bloco de Esquerda e do PCP, o secretário-geral da FENPROF, alinhou várias notas sobre a política do MEC, que equiparou a uma mera “repartição de finanças das medidas definidas no Terreiro de Paço”.
O que “defendemos e exigimos do MEC”, disse Mário Nogueira, é que seja responsável, que não ignore que os erros na educação têm consequências irreversíveis para os que deles são vítimas – as crianças e os jovens.
Defendendo uma “verdadeira e pensada revisão curricular”, a FENPROF exige a suspensão desta “revisão curricular” do MEC. E considera urgente “que se altere o rumo das políticas educativas em curso”.
A posição da Tribuna Pública foi entregue no MEC.