Artigo:Teremos que continuar a lutar - Depoimento de António Nabarrete

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Dezenas de dirigentes sindicais e outros professores, nomeadamente contratados, participaram na iniciativa da FENPROF, dia 3, junto ao Ministério da Educação, para reafirmar a exigência de realização de concursos de colocação de professores, subscrita por mais de 10.000 professores e educadores em postais dirigidos à Ministra da Educação.

Em breve depoimento, António Nabarrete, representante do SPGL nesta iniciativa, declarou:

“Tratava-se, no fundo, de dar expressão à indignação dos professores – principalmente dos contratados, mas também dos professores do quadro – pelo facto de a ministra da Educação, que se tinha comprometido, durante o período negocial, a abrir concurso este ano - concurso que tivesse vagas efectivas, que permitissem contribuir para diminuir a grande precariedade que há, neste momento na profissão - ter faltado à sua palavra.

Houve já dois processos nesse sentido. Este agora foi através de um postal. Tínhamos recolhido, num tempo razoavelmente curto, mais de 10 mil postais, que foram entregues.

A reunião no ministério durou bastante tempo, mas “a montanha pariu um rato”. Como de costume. Porque o Ministério da Educação continuou, na senda do que já vem sendo costume nos últimos tempos, a não ter nenhuma intervenção de carácter político. Isto é: escuda-se sempre no Ministério das Finanças, não toma qualquer decisão, desculpa-se dizendo que todos os compromissos que teve perante os sindicatos, não são eles que estão a falhar mas trata-se de imposições da crise e do Ministério das Finanças. E, portanto, é completamente impossível ter qualquer negociação com alguém que não tem nenhuma capacidade política para decidir seja o que for.

O que é certo é que sobre a questão fundamental e o compromisso do Ministério, nada de novo surgiu.

Teremos que continuar, obviamente, a lutar. Teremos que ir para a rua, certamente, quando as condições objectivas o permitirem. O que se trata é de impor um concurso que é da mais elementar justiça. (Aliás convém dizer que nos Açores isso já foi conseguido. Com um governo que também é PS.)“