Artigo:Temos que dizer não a esta política

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A FENPROF desafia todos os professores a participarem num grande levantamento, dia 26 de janeiro, inundando Lisboa, para dizer não a esta política, para dizer que o governo, a troika, o FMI, não estão autorizados a destruir a escola pública.

 O apelo a uma grande participação de todos os professores na manifestação convocada para 26 de Janeiro – em defesa da escola pública, contra esta política, pela demissão do governo –, foi uma das medidas anunciadas em conferência de imprensa, para dar conta das decisões do Secretariado Nacional.

Com a presença de representantes de todos os sindicatos, o secretário-geral da FENPROF deu testemunho da reflexão e das decisões desta reunião do Secretariado Nacional.

“Nós não estamos a viver um resgate financeiro, mas um resgate político”, começou por frisar Mário Nogueira, lembrando que o que está em causa é a destruição de uma sociedade que se democratizou, em nome de interesses estranhos aos portugueses, pois o governo português não passa hoje de “mera representação da troika”.

Neste contexto, o relatório do FMI, agora divulgado, era perfeitamente previsível.

No plano da educação, a “receita” são ainda mais cortes, muito embora a percentagem do PIB para a educação seja já das mais baixas da UE. Haverá um ainda maior agravamento nas políticas que têm vindo a ser prosseguidas e prefiguram-se, quer um agravamento dos horários de trabalho dos professores (que, já hoje, são dos mais elevados ao nível da OCDE), quer a sua transferência para os privados.




 

Que vamos fazer?

Face a este ataque à escola pública – que Mário Nogueira sublinhou ser uma opção ideológica – a FENPROF decidiu avançar com várias medidas.

Para além da grande manifestação de 26 de Janeiro, estão previstas outras ações:

 - Pedir uam reunião com a Associação Nacional de Municípios para colocar a questão: o que significa, de facto, a municipalização da educação?

 - Exigir uma reunião urgente com o Ministério da Educação para esclarecer o que se está a passar;

 - Pedir reunião a todos os partidos políticos com representação parlamentar, aos quais serão colocadas duas questões: como se posicionam face às medidas anunciadas; qual a sua posição em relação ao futuro da escola publica;

 - Promover uma campanha nacional em defesa da escola pública – que deverá ser aprovada no Congresso da FENPROF, em Maio. Uma campanha, pela positiva, que deverá percorrer todo o país;

 - Elaborar e distribuir – em torno da data de 26 de Janeiro – um texto aos pais e encarregados de educação, referindo as razões da luta dos professores pela escola pública – uma luta que é de todos.