Artigo:Tapar a “pila” do Cutileiro para rezar melhor

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Tapar a “pila” do Cutileiro para rezar melhor

É o título de um artigo de Opinião, de Carmo Afonso, do qual transcrevo alguns parágrafos e cuja leitura integral recomendo, aqui.

“Começou por ser noticiado que a instalação do segundo altar-palco da Jornada Mundial da Juventude iria obrigar à retirada provisória do monumento ao 25 de Abril da autoria de João Cutileiro, que conhecemos como a “pila”. Dizia-se que por razões logísticas a polémica obra teria de ser retirada para se poder instalar o altar-palco.” (…)

“Entretanto a Câmara Municipal de Lisboa esclareceu que não será preciso retirar a estátua, mas que, durante a JMJ (surpresa!), ela estará tapada. Quem tinha curiosidade em saber se manteriam “a pila” durante a celebração da Sagrada Eucaristia fica assim esclarecido. Não vai ser retirada, mas será escondida.” (…)

“Além da importância do monumento em si mesmo, não podemos esquecer que é um memorial ao 25 de Abril, uma homenagem à nossa Revolução. Como permitir que seja coberta para se poder realizar uma cerimónia religiosa? E outra coisa, o que estão a tapar: o pénis ou a celebração da liberdade?” (…)

“Estamos prontos para receber o Papa Francisco, mas parece que ninguém se deu ao trabalho de saber alguma coisa sobre o homem. É que o Papa Francisco não se cansa de dar provas de que é um homem diferente e sobretudo diferente dos outros papas. Escolheu o nome de um santo que fez voto de pobreza. É um amante da simplicidade e da humildade e presenteiam-no com um evento completamente burguês e excessivamente caro. Também não é um conservador e insistem em fazer de conta que sim. Poderia dizer-se que não acertam uma.

No Parque Eduardo VII, vão tapar a “pila”, que o Cutileiro projetou em homenagem ao 25 de Abril, para celebrar uma missa. O simbolismo disto tudo merece uma nova estátua.”

M. Micaelo