Standard &Poor`s: o verso e reverso da moeda
Nas “Notícias ao minuto” de hoje, 19 de setembro, pode ler-se que “a decisão da Standard & Poor`s de desbloquear os títulos nacionais está a abrir a porta a um alívio nos custos de financiamentos implícitos”. Ainda bem, dir-se-á. Mas convém não esquecer que esta mesma empresa de rating, ao empurrar (com outras, é verdade) os títulos nacionais para a “zona de lixo” fez com que os “custos de financiamentos implícitos”, então, subissem para níveis estratosféricos, que o atual recuo está longe de compensar. Estão assim os cidadãos de um país dependentes das decisões de uma (ou várias) agências de rating. As mesmas que credibilizaram com triplo AAA superbancos que faliram poucos meses depois e “viabilizaram” a adesão da Grécia ao euro quando a sua economia impunha o contrário. Jerónimo de Sousa tem razão: estas agências “tocam a música que lhes dá jeito, não podemos estar dependentes delas. Mas aproveitemos enquanto pudermos a boa disposição da Standard & Poor`s!
António Avelãs