Somos menos, mais velhos, continuamos pobres....

Diz-se hoje pelo DN...

Salários baixos, rendas de casa altas, precariedade, cultura empresarial retrógrada, emigração aliciante...algumas das causas.
Será que a única solução passa por acolher os tais imigrantes que não se importam de serem escravizados por uns meses ou anos antes de estarem em condições de procurarem outras paragens europeias mais apetecíveis?
Porque  muito do mal ainda está para vir: as consequências do aquecimento global na agricultura e no turismo, o efeito económico da crescente escassez de recursos, o aumento exponencial das despesas de saúde por efeitos do envelhecimento da população, entre outros.
A nossa jangada está claramente a ir ao fundo, como aqueles países da Micronésia, onde o Guterres molhou os joelhos para a capa da Times.
Um dos sinais na educação: quem quer ser professor?
Quem quer garantir que os nossos jovens recebem a melhor educação possível?
Consta que é residual a percentagem de jovens que deseja ser professor. Mais lastro para o nosso afundanço previsível.
Talvez com mais umas Madonas e uns NOS/MEO alives se atraiam mais uns quantos turistas para atamancar a economia, a somar aos nepaleses, tailandeses, romenos, africanos e outros que tais para nos limparem as latrinas e servir o fast-food nas catedrais de consumo.
Nós tugas, continuaremos a ir limpar latrinas para outras paragens que pagam melhor, assim como os nossos licenciados pagos por todos nós, buscam pertencer efetivamente à classe média a que o seu país recusa o acesso, por via dos baixos salários.
Os velhos e candidatos a tal, vão ficando, à espera da sua vez de entrarem num lar a pagar 1000 e tal euros para serem tratados como empecilhos em bases diárias, até ao sopro final. Um bom negócio, que, talvez, consiga cativar alguns jovens empreendedores, até porque deverá ser o Estado a financiar aquela grande maioria que ficará com uma reforma miserável, como muitos professores... 

João Correia