Desde 2009 que não há atualização salarial para os trabalhadores das IPSS e Misericórdias. A exigência da sua atualização, de par do cumprimento dos direitos dos trabalhadores destas instituições e do controle das contas e monitorização dos montantes atribuídos via Orçamento de Estado – foram algumas das questões fundamentais hoje abordadas, em conferência de imprensa, por representantes da FNSTFPS, da FENPROF e do SEP.

No encontro com a imprensa, foi destacada a importância do serviço que os trabalhadores destas instituições sociais prestam às pessoas e populações e a ausência de reconhecimento – em termos práticos – do valor desse trabalho.

Face à realidade atual, irão ser apresentadas propostas de aumento salarial, garantindo que nenhum salário seja inferior ao montante proposto pela CGTP como salário mínimo nacional.

Caso não haja, uma vez mais, aumento salarial, serão ponderadas, com os trabalhadores, formas de luta.

Na conferência de imprensa foi sublinhado, pela representante da FENPROF, a importância das redes pré-escolar e de creches a cargo destas instituições e denunciado o fato de ainda não ter sido possível a equiparação do salário das educadoras de infância aos auferidos no setor público e particular.

O representante do SEP lembrou que, na área da saúde, está em curso um processo de transferência de responsabilidades do Estado para as IPSS e Misericórdias. Sendo de assinalar a falta de clareza do processo, os baixos salários praticados e a precariedade.

Uma conclusão comum – o indispensável e meritório trabalho social e solidário não pode pôr em causa os direitos dos trabalhadores.