Serviços Mínimos? Sim, para o Governo.
Numa entrevista recente à revista Visão, António Costa afirma que "não podemos ter a ilusão de que passámos do inferno para o paraíso".
Já todos percebemos que não.
A diminuição da % do PIB alocados à Saúde e à Educação, por exemplo, não deixam margem para dúvidas: O primeiro ministro parece não almejar mais que manter-nos no limbo da miséria e da desesperança de uma vida mais digna e justa.
A expressão desta intenção acontece na mesma semana em que, no parlamento, as propostas de alteração da Lei Laboral foram chumbadas pelo PS, e não só, claro, e os motoristas das matérias perigosas vêm o seu pré-aviso de greve ameaçado por uns serviços mínimos absurdos, a que este governo, aliás, já nos tem habituado.
Serviços mínimos deveriam ser decretados sim à governação de executivos eleitos democraticamente, para que cumprissem as promessas eleitorais, os compromissos assumidos com os trabalhadores, o respeito pela Constituição da República e a elevação equitativa do nível de vida das populações.
Ricardo Furtado