Seara Nova: a vitória póstuma da imprudência

Titula o Público de hoje (só para assinantes), assinalando os cem anos da Seara Nova, a “mais duradoura e influente revista de ideias do século XX português”.

E, (obrigado pelo relembrar), refere que para assinalar este centenário estão a decorrer “colóquios, exposições, edição de livros e outras iniciativas, incluindo a produção de um extenso documentário de quase duas horas realizado pela jornalista Diana Andringa — Há 100 anos, a Seara Nova —, cuja primeiro episódio foi transmitido quinta-feira na RTP2, que exibe esta noite, pelas 20h30, a segunda parte”. 

A ver, portanto!

Também a não perder - nos dias 19, 20 e 21 de Outubro de 2021,  no Museu do Aljube – Resistência e Liberdade, - os Colóquios intitulados A Seara no Aljube, que serão acompanhados por uma exposição, também para lembrar que foram muitos os seareiros que passaram pelas prisões do Estado Novo, pois: (…) ” entre os 50 autores com mais artigos publicados na revista, há 21 identificados como presos políticos.”

A não perder!

Cito, ainda, à laia de conclusão: “E nestes anos pandémicos em que o país reconheceu a importância decisiva do Serviço Nacional de Saúde, vale a pena lembrar que, em 1958, vários seareiros tentaram trazer a Portugal o político trabalhista que criou o Serviço Nacional de Saúde britânico, Aneurin Bevan, o que levou o regime a prender Jaime Cortesão e António Sérgio, ambos já então com mais de 70 anos.”

M. Micaelo