Artigo:SÁBADO, 29, TODOS A LISBOA! PROFESSORES NA LUTA COM TODOS OS TRABALHADORES

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Tal como acontece com a generalidade dos trabalhadores, os professores têm cortada parte significativa do seu salário, viram roubados os subsídios de férias e Natal, têm a carreira congelada, são vítimas de uma fortíssima carga fiscal e o desemprego dos professores cresceu, no último ano, como em nenhum outro setor profissional.

Entretanto, o governo, embora alterando a sua intenção de aumentar para 18% os descontos para a segurança social (TSU), já fez saber que irá cortar de outra forma, nomeadamente agravando a carga fiscal (IRS), garantindo que o efeito seja o mesmo. Isto é, o governo mudou o processo, mas mantém o método: o saque!

Acresce ao problema, o facto de o governo já ter anunciado um novo corte na Educação, depois dos 2.300 milhões que foram reduzidos em apenas 2 anos, colocando Portugal num dos últimos lugares da União Europeia, na relação que existe entre as verbas para a Educação e o respetivo PIB. Nesse curto período de tempo, tais verbas passaram de 5.7% para 3.9% do PIB. Segundo as Grandes Opções do Plano, a redução agora prevista é de mais 0,4% do PIB, ou seja, próximo dos 700 milhões de euros! Uma violência com consequências que serão ainda mais trágicas para o setor da Educação.

É neste quadro de corte, de roubo, de degradação sobre degradação, de rápido empobrecimento, de exploração cada vez maior, de soberania permanentemente posta em causa que os trabalhadores portugueses se manifestarão no próximo sábado, dia 29, em Lisboa, fazendo transbordar o Terreiro do Paço. 

Os professores estarão nessa Grande Manifestação de Protesto e Exigência, apelando a FENPROF a uma presença de forte expressão, pois razões não faltam. É de realçar, como muito importante, neste momento, o facto de ser claro, como nunca, que a austeridade que está a ser imposta aos trabalhadores portugueses não corresponde a uma inevitabilidade, mas a uma opção. Como a CGTP provou, com as propostas apresentadas, ser possível garantir mais do que o dinheiro necessário, aplicando medidas que não exigem sacrifícios aos mesmos de sempre. O problema é que o poder político quer que sejam esses a suportar a crise.

Cabe aos trabalhadores dizer “Basta!”. 

O Secretariado Nacional