Rui Rio: Que pensa ele da Educação?
Não é fácil perceber a partir de uma não muito exaustiva pesquisa on-line. Mas dá para tremer um pouco quando se lê "É quase impossível não mexer na Constituição se queremos avançar com uma reforma de fundo do regime."
O que seria hoje a vida de muitos trabalhadores da função pública, incluindo professores, se em 2013 a proposta de lei sobre a requalificação não tivesse sido chumbada graças à lei fundamental e ao tribunal constitucional? Entre muitos exemplos possíveis. Rio vai direto à mouche, pois muitas das "reformas" que a direita que ele representa (mas não assume) pretende ver realizadas só serão verdadeiramente legitimadas dessa forma (lembre-se ainda os entraves constitucionais à privatização plena do sistema educativo).
Pode-se ler umas coisas genéricas sobre a necessidade de não se mexer todos os anos nos manuais (coisa que já não acontece) ou nos programas, e ainda:
" Defende estabilidade e confiança no sistema de ensino, rejeitando o "experimentalismo pedagógico" de "quem tudo quer mudar, sem diagnóstico, avaliação, planeamento e compromisso"; promete "especial atenção" à formação inicial de professores e ao modelo de profissionalização no sentido da valorização do seu estatuto social e da sua qualificação científica e pedagógica."
Sobre cultura sabemos que não lê romances, por gosto ou tique.
Preza muitos as finanças, o rigor, as contas certas, a moralização.
Fascinante.
João Correia