Entre 19 e 21 de Novembro, uma vintena de delegadas de 8 países da Europa reuniram na Pousada da Juventude de Moscavide, em Lisboa, para fazerem o balanço das acções nos seus países e também a acção de encerramento da 3ª Acção Global no Sul Kivu, República Democrática do Congo.

As delegadas europeias, para além do balanço das acções, quiseram também perspectivar o futuro próximo desta rede feminista global – a Marcha Mundial das Mulheres – organizaram um debate aberto sob o lema “Militarismo rima com Patriarcado e Capitalismo” e estiveram presentes na manifestação anti-NATO que decorreu a 20 de Novembro, integrando-se na manifestação dos movimentos pela paz que assim mostraram a sua rejeição do espírito belicista e agressivo da NATO e dos propósitos decorrentes do novo conceito estratégico acordado na cimeira de Lisboa.

Em resultado do profundo ataque neoliberal aos direitos e ao Estado social, que se verifica em Portugal e em todos os países da Europa, as delegadas presentes perspectivaram uma campanha europeia da Marcha para 2011 em que, para além do reforço da identidade do movimento, se pretende lançar uma ofensiva feminista à escala europeia denunciando os efeitos da crise sobre as vidas das mulheres.

Outras decisões foram tomadas e caminhos foram abertos que agora precisam ser trilhados e trabalhados, nomeadamente um acampamento de jovens feministas no Verão de 2011, cuja organização ficou a cargo da coordenadora francesa da Marcha.

Para a coordenação portuguesa da Marcha Mundial das Mulheres, que foi a anfitriã desta reunião europeia em Lisboa, este encontro europeu foi um momento muito importante de trabalho e de estreitamento solidário entre mulheres que lutam por um mundo melhor, mais justo e igualitário, em que a Liberdade, a Igualdade, a Solidariedade, a Justiça e a Paz são valores que nos unem, independentemente da diversidade das nossas organizações e matrizes culturais.