Retoma da Greve ao Sobre Trabalho
Pode não ser muito espetacular, mas é, para mim, uma das notícias da semana.
A greve ao sobretrabalho está de volta. E vai crescer muito, caso o Governo não assuma um verdadeiro compromisso de acabar com os abusos e a desigualdade de tratamento entre professores do setor público de educação.
Não é a título nenhum admissível que os professores trabalhem mais ou menos consoante a escola em que estejam, no que refere à componente não letiva de estabelecimento:
- escolas que a preenchem por completo com cargos, apoios com mais do que um aluno, projetos, assessorias, etc.;
- escolas que reservam um ou mais tempo para reuniões de carácter regular, obrigando os professores a estar presentes na escola quando não se realizam mas permitindo-lhes dispor desse tempo como quiserem;
- escolas que que reservam um ou mais tempos para reuniões, que são exclusivamente para esse fim, não obrigando os docentes a estar presentes na escola quando não se realizam.
Não é uma questão de somenos, são milhares de horas que damos ao ministério de educação, literalmente.
O que se pede ao ME é muito simples: que faça cumprir a lei, no seu espírito e forma, zelando pela dignidade da profissão docente, impedindo interpretações e aplicações abusivas.
Para isso basta dar as ordens necessárias aos diretores. Ficamos à espera.
João Correia