O “Jornal de Notícias” e o “Expresso” anunciam hoje que os municípios portugueses enfrentam problemas na contratação de fornecedores para o serviço de refeitórios das escolas para o próximo ano letivo.
Em alguns concursos, surgem propostas de mais de 3 € por almoço e outros concursos ficam mesmo desertos. Por seu lado, as empresas justificam o facto com a subida do preço dos combustíveis, dos alimentos e do salário-mínimo.
O valor apresentado corresponde a mais do dobro do que o Estado comparticipa (1,4 €), pelo que as autarquias temem pelos prejuízos avultados e reclamam o aumento da transferência de verbas para este efeito.
As famílias que vão tendo acesso aos novos preços contestam esta subida e receiam pela situação dos agregados familiares que se veem igualmente confrontados com o aumento generalizado dos créditos bancários e dos bens essenciais, aumento este que não foi acompanhado pelo aumento salarial.
Não podemos esquecer que, para muitas crianças, o almoço no refeitório da escola é a única refeição equilibrada que podem ingerir durante o dia, pelo que esta questão é prioritária. Importa, igualmente, haver um acompanhamento e controlo da situação de modo a ser possível evitar eventuais abusos no processo.
Paula Rodrigues