Artigo:Reações Sobre a PACC

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sobre a prova:

Santana Castilho: "Enquanto chamarmos básica, ridícula, elementar, insultuosa, apatetada, desadequada, absurda, a uma prova que é tudo isso, não nos ocupamos de uma política, que vem de longe, que a utiliza para descredibilizar os docentes da escola pública e para os apontar como responsáveis pela degradação da Educação, etapa importante para o que virá a seguir. A todos aqueles vocábulos há que acrescentar a palavra que falta: violência. É o que esta prova é: uma violência." 

Valter Hugo Mãe: “a ideia de fazer testes aos licenciados que são/foram/querem ser professores é o descrédito absoluto das instituições universitárias. a urgência em rejeitar trabalhadores tem obrigado o governo a todo o tipo de originalidades. este método é tão obsceno quanto o que passam os advogados (que são obrigados a meses de aulas e relatórios na própria ordem, transformada em escola-pide), e este método é apenas anúncio da desfaçatez que já não se disfarça nem vai encontrar limites.
sim, a ideia é simplesmente fechar as portas a mais e mais gente. cada trabalhador que arranja emprego no estrangeiro enriquece brutalmente o país. primeiro porque não compete cá, depois porque não solicita saúde nem apoio algum, depois, porque parte do que ganha vem para sustentar a família moribunda que deixou ou a casa fechada onde sonhou ser feliz.
os professores, que estão a ser humilhados sucessivamente, e que ainda eram os poucos que nos podiam estar a ajudar com o futuro, garantindo que as crianças desenvolvam outro tipo de solidariedade e esperança, deviam mandar o governo à grande merda.
este teste tem de ser declarado inconstitucional, malcriado, nazi, assassino.”

 

Quadratura do círculo:

Lobo Xavier: “Acho uma ideia péssima. Se alguém tem ideia de que há professores a mais ou é preciso ter menos professores contratados, arranje-se uma forma de tratar do problema mais direta e mais franca, essa a meu ver é perfeitamente negativa. Criou uma turbulência social sem nenhum output positivo, sem nenhum resultado positivo, sem nenhuma vantagem para a reforma do estado, sem nenhuma vantagem para o processo educativo ou para a reorganização das escolas e portanto completamente desnecessária. Lamento.”

Pacheco Pereira: “Na realidade, o objetivo é despedir e criar uma pressão sobre os grupos da função pública para que eles rescindam ou se vão embora. É uma política estruturada deste governo, muitas vezes por formas ínvias, afastar as pessoas do exercício das suas profissões. E depois aqui há outro aspeto: há também a intenção de dividir os professores e os sindicatos Este acordo com a UGT é uma coisa absolutamente inadmissível!”

António Costa: “É mais uma peça na estratégia de diminuição daquilo que é o agente público, a sua desvalorização. E o ministro Crato (…) tem uma estratégia que passa pela descredibilização e desvalorização do sistema de ensino, ao ponto de ignorar as avaliações que são feitas.”