Rankings: o nada que parece tudo a muita gente
Os rankings das escolas são um bom exemplo de como um péssimo argumento se pode transformar numa terrível arma de arremesso político em prol da destruição da escola pública.
Os rankings como estão feitos comparam o incomparável, são um nada do ponto de vista estatístico, um desperdício de recursos e tempo, para quem os faz, publica, lê, mas suficientemente tóxicos num país de baixa literacia, em que Marcelos, Coelhos, Cavacos, Mendes e outras figuras de proa, definem, pixel pixel, decibel a decibel, os contornos da realidade mental duma grande parte da população.
O país que deu 39% de votos a uma coligação PSD/PP e que quase anulava o 25 de Abril, não fosse o tribunal constitucional, também considera que as escolas privadas que selecionam os melhores alunos, banem sumariamente os mais fracos, inflacionam as notas internas, excluem os alunos com necessidades educativas especiais, podem e devem ser comparadas com as públicas através das médias de exames a duas disciplina.
Fica aqui um artigo de razoável corte e tendência de uma fonte...insuspeita.
http://observador.pt/opiniao/brincando-aos-rankings/
João Correia