Quantos alunos estão em isolamento? DGS não contabiliza, ministério não responde
No Público de sábado, dia 4 de dezembro, surge com a assinatura de Samuel Silva , o artigo ”Quantos alunos estão em isolamento? DGS não contabiliza, ministério não responde.”. A razão desta minha escolha para notícia do dia, prende-se com a sua pertinência e atualidade do seu conteúdo. Como aí se afirma: “Com o número de infecções por covid-19 a aumentar e uma incidência elevada na faixa etária até aos 9 anos, tem crescido também o impacto da nova vaga da pandemia sobre as escolas. Mais casos “positivos” significam também mais alunos, ou turmas inteiras, em isolamento profiláctico. Assim sendo, quantos estudantes estão, neste momento, a ter novamente aulas à distância? A Direcção-Geral de Saúde (DGS) não contabiliza esses números. Face a esta situação a Fenprof tornou público que questionou o Ministério da Educação sobre a situação sanitária nas escolas, atendendo ao aumento de casos de covid-19 que afectam a comunidade escolar com cada vez mais situações de isolamento e quarentena. Esta organização sindical pediu à tutela a lista das escolas e jardins-de-infância onde foram identificados casos de covid-19, desde Setembro, quando começaram as aulas.
Segundo Samuel Silva a Fenprof fez outras perguntas tais como saber quantos docentes, trabalhadores não docentes e alunos (em cada estabelecimento) foram infectados e quantas turmas ficaram em isolamento na última quinzena (entre 16 a 30 de Novembro). Foram também estes os dados que o PÚBLICO pediu, nos últimos dias, à DGS e ao Ministério da Educação e que não conseguiu obter.
Vale a pena ler o artigo todo e pensar sobre o ponto de vista destes ativistas e sobre a exigência de responsabilidade aos nossos governos de melhores condições de vida.
Em jeito de conclusão termino com mais algumas palavras do autor deste artigo:
“No anterior balanço sobre a incidência da covid-19 em ambiente escolar, divulgado a 14 de Novembro, a DGS contabilizava 169 surtos activos e 1493 casos associados. Ou seja, em duas semanas duplicaram tanto o número de surtos como o total de casos positivos a eles associados.”
Ana Cristina Gouveia