Artigo:PROGRAMAS DOS PARTIDOS EM DEBATE

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Filinto Lima publica no jornal Público de 19 de agosto, pág 47, um artigo com o título “Another brick in the wall” em que, referindo-se aos “programas de alguns partidos políticos candidatos às legislativas de outubro”, considera-os ambíguos, descomprometidos e com falta de anúncio de medidas estruturantes. Não pretendo pronunciar-me sobre a opinião de F. Lima, até porque não sei quais os partidos a que se refere. São alguns… Mas parece-me útil sublinhar as seguintes passagens:

“Mas há assuntos que ou são tabus ou incómodos e, por isso, não se perde muito/nenhum tempo na sua abordagem”.

“Por que nada se diz em relação aos professores com mais de 60 anos e que poderiam apoiar os alunos e as escolas, atribuindo-lhes outras tarefas? Por que motivo não há uma palavra para os professores contratados? Por que razão não é enfatizado o apoio a alunos com dificuldades de aprendizagem? Porque não se valoriza devidamente o apoio a alunos com necessidades educativas especiais? (…) Por que é ignorado o pessoal não docente?”

Mesmo admitindo alguma injustiça relativamente a alguns partidos que referem estas questões nos seus programas, é útil sublinhar que estas (entre outras) são questões a que o próximo governo (desde que não seja o mesmo!) deverá responder e, por isso, era bom que cada partido dissesse aos eleitores algo sobre estas matérias.

 Voltando ao texto de Filinto Lima: “ A Educação deverá ter tratamento privilegiado nos programas dos partidos políticos, integrando obrigatoriamente ideias claras e concretas (…)”

Refira-se a propósito que a FENPROF enviou aos partidos políticos com assento parlamentar um conjunto vasto de questões (algumas das quais referidas no artigo citado) e publicará para os sócios dos seus sindicatos as respostas que receber. Um contributo para a clarificação necessária ao debate.

António Avelãs

Ler artigo do Público aqui