Artigo:Primeiro dia de testes rápidos nas escolas “vem trazer mais tranquilidade”

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Primeiro dia de testes rápidos nas escolas “vem trazer mais tranquilidade”

O jornal Público de ontem, 16 de Março, num texto de Samuel Silva, noticiava que o colégio de Santo Tirso foi um dos primeiros a receber, nesta terça-feira, uma equipa da Cruz Vermelha Portuguesa para fazer testes rápidos de antigénio a professores e funcionários não docentes.

Nem toda a gente reage da mesma forma ao teste. Para alguns professores, o processo “não custa nada”. Já Joana Miranda ainda tem os olhos marejados. “Até me deu vómitos”, desabafa minutos depois. Não é a primeira vez que é testada para a covid-19, mas ainda que a zaragatoa usada no teste rápido de antigénio seja mais pequena do que a do PCR (sigla em inglês para “reacção em cadeia da polimerase”), os testes mais comuns para detectar a presença do SARS-CoV-2, que tinha feito há uns meses, a professora sentiu maior desconforto desta vez.

Cecília Rodrigues, docente do 1.º ano, considera que “isto é importante para a nossa segurança, mas também para a das crianças.” No 1.º ciclo, os alunos não são testados, ao contrário dos colegas do ensino secundário, que só regressam às escolas em meados do próximo mês. Os resultados vão permitir aos professores e às famílias “ficarem mais calmos”. “Com esta doença, nunca sabemos se estamos ou não infectados, porque podemos estar assintomáticos. Assim teremos uma melhor noção”, acrescenta.

No entanto, “só chegando a vacina nos vamos sentir mais seguros”, concordam as duas professoras do INA. O percalço com a vacina da AstraZeneca, que devia começar a ser ministrada aos profissionais de educação no fim-de-semana, vai adiar a questão por mais algum tempo. A testagem é, por agora, a única ferramenta disponível para adicionar segurança ao regresso ao ensino presencial. 

Os 69 testes de antigénio realizados – que cobriram os professores do 1.º ciclo do INA e todos os funcionários não docentes – foram negativos. A mesma equipa da Cruz Vermelha Portuguesa esteve de manhã no colégio Ribadouro, no Porto, e também não teve nenhum teste positivo.

A amostra recolhida pela zaragatoa é colocada numa “cassete” e, ao fim de 15 minutos, dá uma leitura do resultado: dois traços significam positivo, um traço é sinal de negativo. Desde que, em Dezembro, começou a fazer testes à covid-19, a enfermeira Ana Rita Oliveira já fez mais de 5000 recolhas. No pico da terceira vaga, em Janeiro, chegou a atender mais de 450 pessoas por dia. Por isso, o desafio de testar 62 professores e funcionários não docentes do INA durante uma tarde parece “tranquilo”.

Francisco Martins da Silva