Artigo:Pela Paz. A esperança é a última coisa a morrer

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Pela Paz. A esperança é a última coisa a morrer

Notícia central na comunicação social de hoje, 3 de março, é a segunda ronda de negociações entre a Rússia e a Ucrânia. Como nos ensina o ditado popular, "a esperança é a última coisa a morrer". Tenhamos a esperança de que, muito mais cedo que tarde, seja encontrada uma solução que respeite, mesmo que parcialmente, os interesses em conflito, que sendo diferentes, não são necessariamente contraditórios. 

Coincidentemente, hoje é também o Dia Mundial da Vida Selvagem. Apetece perguntar se haverá comportamento mais selvagem do que este, em que o HOMEM, dotado de razão e de história, capaz de maravilhas científicas e tecnológicas, constrói a guerra ( com diferentes matizes) como solução para as diferenças políticas, geopolíticas, económico-sociais, religiosas, culturais.

Nesta guerra, como em todas, as primeiras vítimas são os soldados e os civis das partes envolvidas. Mas é um dado adquirido. ainda que de forma ainda não totalmente esclarecida, que seremos todos " vítimas colaterais": pela crise económica global que se anuncia, pelo aprofundar da descredibilização das instituições que era suposto serem os guardiães da paz, pelo regresso possível ao espírito de "guerra fria" que dinamita pontes de contacto, pela descrença na nossa própria capacidade de humanismo. A agressão a um país soberano é inaceitável, nada a pode justificar.

Mas retornemos ao ditado popular: a esperança é a última coisa a morrer e hoje há negociações para a paz.

António Avelãs