A FENPROF lamenta que, no essencial, o Ministério da Educação não tenha alterado qualquer das suas posições, confirmando, assim, a postura negocial que mantém desde o primeiro momento, ou seja, de completa inflexibilidade e incapaz de gerar qualquer consenso. A FENPROF manifesta profundo desacordo: - pela consideração da avaliação de desempenho para efeitos de concurso, quer através da atribuição de pontos para efeitos de graduação profissional (situação agravada pelo facto de a atribuição das menções qualitativas estar sujeita a quotas), quer pela não contagem de tempo de serviço efectivamente prestado e classificado positivamente; - pela supressão dos quadros de escola e pela transferência automática dos docentes para os quadros de agrupamento; - pela supressão das colocações cíclicas e sua substituição por uma bolsa de recrutamento (que põe em causa a ordenação das preferências dos candidatos); - pela inexistência de regras para a "afectação" a estabelecimentos, dos docentes que ingressem por transferência ou nomeação nos novos quadros de agrupamento; - pelas consequências da alteração da natureza do vínculo laboral através da generalização dos contratos a termo resolutivo; - pelo impedimento de os professores com a categoria de professor titular acederem a mecanismos de mobilidade, designadamente ao destacamento por condições específicas e para aproximação à residência; - pela periodicidade quadrienal do concurso, reafirmando a FENPROF que a estabilidade não decorre do número de anos em que o docente está impedido de concorrer, mas da adequação dos quadros das escolas às suas reais necessidades; Estas são razões suficientemente fortes para que a FENPROF considere que a atitude anti-negocial e prepotente do ME em mais este processo confirmou que se assistiu a novo simulacro de negociação; É indispensável o reforço da luta dos professores contra estas alterações impostas pelo ME, sendo, ainda, envidados todos os esforços, designadamente nos planos jurídico e institucional, no sentido de poderem ser anuladas. Lisboa , 18 de Novembro de 2008 |