PORTUGAL – O QUINTO PAÍS DO MUNDO QUE MAIS POPULAÇÃO PERDEU EM 2014 EM TERMOS RELATIVOS
Só em 2014, Portugal perdeu 59 mil pessoas. Com uma diminuição de -0,57% da sua população, é hoje o país “que regista a quinta maior perda populacional do mundo inteiro, em termos relativos”.
Porto Rico, Letónia, Lituânia e Grécia são os países que revelaram uma maior redução da sua população.
O mais grave é que, de acordo com o Banco Mundial, esta situação tem sido uma constante, pois Portugal surge na lista dos dez países com maiores perdas de população entre 2010 e 2014 (-1,7%), estimando-se que, em 2100, o país tenha 7,5 milhões de habitantes.
Segundo o Expresso, na sua edição de hoje “on-line”, “em 2030, Portugal será o terceiro país do mundo com a população mais envelhecida (50,2 anos em média), logo depois do Japão (51,5) e da Itália (50,8).
Este facto tem sido justificado, sobretudo, pela baixa fecundidade, pelo envelhecimento da população, pela emigração e pela falta de políticas efetivas de apoio à família.
As consequências desta situação na organização social tal como a entendemos hoje são inúmeras, uma vez que têm graves implicações na vida dos portugueses e na continuação do Estado Social.
No artigo do Expresso de 24 de julho, “Como chegámos aqui e como vamos sair: Portugal teve a 5ª maior perda de população no mundo”, que cita Maria Filomena Mendes, “… inverter o saldo negativo da população “é difícil e praticamente impossível no curto prazo”. Resta, por isso, “criar condições de atração de imigrantes e, simultaneamente, estancar a saída dos emigrantes (jovens, qualificados e em idade de casar e de ter filhos) – ou, aumentar de tal forma a imigração que compense as perdas devidas à emigração e à quebra da natalidade (neste caso, colmatando o défice entre nascimentos e óbitos)”.
Entretanto, que políticas sérias estão a ser implementadas em Portugal? O que está a ser feito para criar condições para as famílias terem mais filhos? Onde estão as creches e os jardins de infância da rede pública em número suficiente para as necessidades? Como se está a combater o desemprego, os baixos salários e os horários de trabalho que cada vez são mais desregulados?