Porque lutam os professores
É um titulo de um artigo de Mário Nogueira – secretário geral da FENPROF - no jornal Le Monde Diplomatique-edição portuguesa que faz referência à luta dos professores e dos seus objetivos:
“regime de colocações justo, promotor de estabilidade e que elimine a precariedade; valorização da carreira e do salário; regime específico de aposentação; horários de trabalho adequados às exigências da sua profissão; proteção efetiva de quem se encontra doente; entre outros não menos importantes (…)”
Neste artigo, o secretário geral da FENPROF faz uma contextualização do período de lutas e resistência vividas pela classe docente antes de Maria de Lurdes Rodrigues e depois de Maria de Lurdes Rodrigues como um marco na educação e na vida dos professores. “Só que o parecer com que, no período MLR, desempenhavam as suas funções, transformou-se em esforço, sacrifício e isso provocou nos profissionais elevados níveis de stress e mesmo burnout.”
O desinvestimento na educação tem sido crescente e tem levado a uma desvalorização da escola pública e dos seus profissionais e desta forma: “As escolas perdem profissionais todos os dias: Uns porque abandonam precocemente a profissão e outros porque se aposentam. Cresce o número de alunos que não têm todos os professores de todas as disciplinas e o de diplomados não profissionalizados que vão disfarçando o problema.”
Com a consciência de que é necessário lutar pela educação e pela atratividade da profissão como garantia de um futuro de qualidade, os professores/as “lutam e por isso surge, nas suas palavras de ordem, cada vez com maior frequência, a expressão «Não paramos».
Um texto que não dispensa leitura.
Albertina Pena