Artigo:“PIB investido em ciência caiu em quatro anos seguidos” in Público, 12 de setembro, pgs 2-3

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PIB investido em ciência caiu em quatro anos seguidos

Público, 12 de setembro, pgs 2-3:

O tema do texto assinado por Teresa Firmino é completado, ainda neste número do diário, por uma referência no editorial e por um artigo de Moisés Lemos Martins -“Política científica: por onde recomeçar?” (pg 48).

Do texto de Teresa Firmino ressalta a informação de que desde 2010 tem vindo a diminuir o PIB destinado à investigação científica. Atingiu com Mariano Gago o máximo de 1,64%, em 2009, para se reduzir em 2013 para 1,34%. Dados difíceis de compatibilizar com a retórica “oficial” de que o conhecimento é a base do desenvolvimento – o que é verdade. De resto, como sublinha o texto em referência, “a percentagem do PIB para actividades de ciência e tecnologia é um indicador do próprio desenvolvimento do país”. Esta quebra, a que se associa a quebra do número de investigadores, assenta também no menor investimento das empresas, prevendo-se assim um agravamento da nossa situação de atraso na ecomimia global. Vale a pena reter o que se escreve no Editorial: “Se no tempo de Mariano Gago (cuja política para o sector foi elogiada por muitos) havia um rumo, os anos seguintes levaram não apenas a um desinvestimento, mas a inúmera s decisões que fizeram temer o pior. O físico Carlos Fiolhais chegou a falar em “página negra da ciência em Portugal” e não foi o único.”. E Moisés L. Martins, fazendo o balanço da atual legislatura, escreve: “Depois desta calamidade, é necessário começar de novo. Porque é no grau zero da credibilidade que se encontram os órgãos que tutelam a ciência em Portugal.”

António Avelãs