Artigo:Para o “Expresso” os professores definem-se por estar sempre em greve e trabalharem pouco? E se o mesmo fosse dito dos jornalistas do Expresso?

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Para o “Expresso” os professores definem-se por estar sempre em greve e trabalharem pouco? E se o mesmo fosse dito dos jornalistas do Expresso?

Repudiamos veementemente a forma como o(a) autor(a) do passatempo das palavras cruzadas do semanário Expresso, do passado dia treze de julho, se referiu aos professores. É uma consideração mentirosa, ignóbil, ultrajante e grosseira.

Mais do que tentar desprestigiar uma classe profissional, o que resta deste “episódio” infeliz, para os professores em particular e para muitos portugueses em geral, é a imagem degradada de um jornal do qual muitos serão, porventura, leitores assíduos há muitos anos.

Os professores sempre se bateram por uma escola inclusiva e por uma educação de qualidade, é isto que os move. E têm conduzido o ensino em Portugal a um nível que merece elogios de instituições nacionais e internacionais. No entanto, nunca abdicarão de lutar pelos seus direitos.

Do Jornal Expresso, “O semanário dos que sabem ver”, utilizando uma frase das páginas de opinião do próprio jornal nos tempos da Censura, não esperávamos a banalização ou a superficialidade, mesmo num passatempo, como as palavras cruzadas.

Numa altura de poder descontrolado por parte dos meios de comunicação de massas são necessárias algumas referências. Gostaríamos que o EXPRESSO continuasse a ser um órgão de referência no seio da comunicação social, o que é incompatível com promoção de ofensas gratuitas como a que foi dirigida contra os professores portugueses

Esperamos, da vossa parte, um pedido de desculpas aos professores por este episódio lamentável. Se tal não acontecer, não renovaremos a assinatura do Expresso digital que o Sindicato de Professores da Grande Lisboa mantém convosco.

O Presidente da Direção do SPGL
José Feliciano Costa