Artigo:Objectivos individuais e auto-avaliação

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Pode não se acreditar, mas Jorge Pedreira é mesmo secretário de estado da educação. E também adjunto. Esperar-se-ia que o motivassem não tanto as teias burocráticas mas a utilidade pedagógica das medidas que decreta ou das opiniões que emite. Infelizmente, não é assim. Aparentemente convencido que “a definição de objectivos individuais” é o “coração” da actividade pedagógica, entende que quem os não entregar não pode fazer a sua auto-avaliação – prática salutar que, de modo mais formal ou informal, os professores sempre fizeram no final do ano lectivo: uma avaliação individual e colectiva. A vontade de “castigar” sobrepõe-se-lhe claramente às vantagens que a auto-avaliação tem para as escolas. Decididamente, atribuíram-lhe o cargo errado!

P.S. Há quem sustente que a definição expressa de “objectivos individuais” é indispensável à auto-avaliação. Pura fantasia ou arte apurada de fingimento. Os objectivos que têm de nortear a auto-avaliação são intrínsecos à deontologia profissional dos docentes. Estiveram sempre presentes na prática dos docentes que para os assumirem nunca precisaram de estar amarrados a uma lei que lhes é externamente imposta sob ameaça. Este processo de “definição de objectivos individuais” é uma ofensa a quem sempre se assumiu como professor “de corpo e alma”.

 

 António Avelãs