Artigo:O ministro reconheceu a sua completa derrota

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Relativamente aos exames, a primeira questão que quero sublinhar é que o ministro reconheceu a sua completa derrota. Ao dizer que 70% dos alunos fizeram exame de português hoje, conclui-se que 30% dos alunos não o fizeram. Tendo presente que, para que uma sala não funcione, é necessária uma adesão muito grande das escolas – em média uma escola com menos de 90% de adesão não consegue boicotar nenhum dos exames -, reconhecer que houve 30% dos exames que não foram feitos, permite concluir, sem margem de erro, que a adesão efetiva dos professores se situou entre os 85 e os 95%. Para quem apostava, como o ministro apostou, num dia de grande normalidade, é evidente que é uma derrota de todo o tamanho.

No que respeita aos dados que tenho na área do SPGL, são de facto muito bons. Isto é: em termos de salas que não funcionaram para o exame de Português, nós totalizamos neste momento o número de 400 salas. Ora 400 salas, se cada uma delas tiver a média (que é a média de facto) de 15 alunos, isto significa qualquer coisa como 6 mil alunos que não fizeram exame. Só na área do SPGL.

Eu queria, aqui, por um lado saudar os professores que fizeram greve e que tornaram possível este resultado. Que é muito importante para os sindicatos, nomeadamente para o nosso sindicato. Mas queria também deixar uma saudação muito especial àquelas escolas em que, apesar de haver uma adesão significativa, na casa dos 80, 85 e às vezes 90% de adesão à greve – os exames se realizaram. Não desanimem. Como já expliquei, inviabilizar a realização de exames é uma tarefa extremamente difícil e haver 400 situações dessas é, evidentemente, um sinal de excelente resultado desta greve.