O Anti-Cristas
Será António Costa o verdadeiro Anti-Cristas?
Passo a explicar.
Disse há algum tempo a senhora deputada Assunção Cristas, que se tivesse de haver lugar à não abertura de turmas por falta de alunos, numa situação de concorrência entre público e privado, que poderia ser o estabelecimento público o sacrificado, caso o privado fosse "melhor".
O Governo da Cristas apoiou , como nunca, o setor privado, através,
- da imposição de um estatuto do ensino particular e cooperativo que (ainda) legaliza a abertura de colégios privados ao lado das públicas;
- da implementação dum regime de requalificação que chegou a afetar pelo menos 15 professores;
- do alargamento de contratos de associação a mais escolas;
- do desinvestimento na rede pública, incluindo no seu edificado;
- da abertura de ofertas educativas absurdas, como os vocacionais, preferencialmente na escola pública, para a tornar um vespeiro de problemas disciplinares, suficientemente repelente para afastar ainda mais as boas famílias da pestilenta escola pública.
etc.
Resumindo, tal como a saúde, a escola pública era para ser desmantelada
O atual governo não só conteve a expansão da rede privada, como ainda canaliza verbas para o melhoramento físico das escolas, para além de uma séria de outras medidas, como o fim dos vocacionais, a contratação de técnicos e assistentes operacionais, sem esquecer, claro, uma significativa vinculação extraordinária de professores (mais de 3000) e a revogação da lei da requalificação.
É caso para dizer, viva o Apocalipse, da direita, claro.
Apesar de todos os problemas, ainda é de alívio que respiramos.
João Correia