Os dados publicados pelo MEC nestes últimos dias são mesmo preocupantes. Os jornais e as televisões sublinham o elevadíssimo número de alunos que com insucesso e abandono no ensino secundário. No ano de 2014, 36% dos alunos que frequentavam o 12º ano não o concluíram. Se a estes números, já de si preocupantes, acrescentarmos os do abandono dos estudantes dos cursos profissionais, fácil é concluir que não é possível manter este estado de coisas. E convém não esquecer os números do insucesso no ensino básico. Nuno Crato terá tentado reagir com medidas que se revelaram contraproducentes: a examinite doentia – a começar logo no 1º ciclo! -, a hipervalorização do Português e da Matemática, com claro “desprezo” pelas outras áreas de formação, o favorecimento, ainda um pouco envergonhado, do ensino privado. E a proclamada aposta nos cursos profissionais nem sempre garantiu a sua necessária qualidade. Durante o consulado de Crato, a situação apenas …piorou.
Mas urge encontrar saídas para uma situação insustentável, do ponto de vista social, humano e económico. Urge um Congresso Extraordinário da Educação que reponha a nossa Escola, , necessariamente sustentada na qualidade da escola pública, na senda do sucesso e na realização pessoal (e profissional) de estudantes e professores. Tarefa para o próximo governo?