Artigo:Nos primeiros dias de setembro as escolas terão todos os professores colocados

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Nos primeiros dias de setembro as escolas terão todos os professores colocados

Não deveria ser novidade nem merecer grande aplauso. Mas o descalabro dos dois últimos anos do consulado de Nuno Crato justifica a satisfação de nos últimos dias de agosto as escolas receberem, segundo o ME, todos os professores para os horários apresentados a concurso. Esta normalidade resulta do facto de finalmente se ter aceitado o que os sindicatos da FENPROF há muito reclamavam: que todas as escolas ficassem sujeitas às colocações por lista nacional organizada em função da classificação profissional de cada candidato. Pondo-se termo ao mito de que o sistema de ensino melhoraria se cada escola pudesse escolher, mesmo que parcialmente, os seus professores. Mito que se traduziu em critérios especiais de algumas escolas que mais não eram do que critérios para garantir o lugar para o preferido do diretor. E na anedótica situação de candidatos colocados simultaneamente em dezenas de escolas, atrasando três ou quatro semanas a ocupação desses horários. Ainda há algo a melhorar e há toda a vantagem em conseguir que as colocações sejam mais cedo. A prevista revisão da legislação dos concursos poderá contribuir para isso.

Mas, em síntese, os professores colocados estão satisfeitos (infelizmente o número de candidatos que não conseguiram colocação continua elevadíssimo!), o que - felizmente - não acontecerá com alguns diretores restringidos no seu poder atrabiliário e de compadrio. A maioria das escolas respirou de alívio, as aulas começarão a tempo e horas e esperemos que as “tutorias” permitam uma real e eficaz redução do insucesso.

António Avelãs