Artigo:Nem só de muros se faz um apartheid

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Nem só de muros se faz um apartheid

O diário Público de 3 fevereiro traz, na página 8, um artigo assinado pelo diretor executivo da Amnistia Internacional Portugal, Pedro A. Neto que denuncia o comportamento criminoso do Estado de Israel para com o povo palestiniano. Escreve o autor: “Todos nos lembramos da África do Sul, onde Nelson Mandela passou 27 anos preso e da vida nesse país de segregação, onde existia um sistema de opressão e dominação de um grupo de seres humano sobre outro. É isto que acontece hoje em Israel e nos Territórios Palestinianos Ocupados (…)”

O apoio dos Estados Unidos a esta política terrorista permite a Israel ignorar olimpicamente as várias decisões e condenações que a Organização das Nações Unidas tem aprovado. A União Europeia, tão pressurosa – e bem – em condenar violações dos direitos humanos em vários países, fecha os olhos perante os crimes de Israel, obedecendo” cordeiristicamente” â vontade do “Império”. Para o governo português, o problema parece não existir.

Sabe bem ler o poeta palestiniano Mahmoud Darwish, citado no texto: “Sofremos de uma doença incurável chamada esperança”. Mas como traduzir essa esperança numa solução que permita aos palestinianos o direito a uma vida digna?

Nota final: a defesa dos direitos dos palestinianos a uma pátria que possam governar nada tem de antissemitismo, ao contrário do que por aí se proclama. É tão só a afirmação de que há um povo escravizado que merece ter a sua pátria livre.

António Avelãs