Não passarão!

No último sábado, o jornal “Público” deu o devido destaque a um crime de ódio e discriminação racial ocorrido de madrugada em diversos estabelecimentos de ensino de Lisboa. A referida notícia tinha como título «Paredes de escolas secundárias e universidades em Lisboa vandalizadas com frases racistas».

A coberto da noite, o racismo tenta mostrar os seus intentos de discriminação e ódio racial, pinchando mensagens de ódio, na tradição fascista de gente que se considera superior. Segundo o director do Agrupamento de Escolas de Portela e Moscavide, este ano já é a terceira vez que a Escola Secundária da Portela é atacada com este tipo de mensagens, o que indicia uma intenção clara de marcar território. Para além da resposta rápida dos alunos da escola que logo se mobilizaram para apagar as mensagens racistas, pintando de branco as paredes vandalizadas, outras reacções não se fizeram esperar. Do Bloco de Esquerda, do Secretário de Estado da Educação João Costa, da Reitora da Universidade Católica e da Associação de Estudantes do ISCTE, assim como do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa. Em comunicado, o SPGL repudiou e condenou as mensagens racistas e xenófobas, solidarizou-se com os professores, alunos e restante comunidade educativa vítima destes actos hediondos, concluindo que “Não podemos silenciar nem tolerar actos que atentem ou ponham em causa o direito universal à educação”.

25 de Abril Sempre. Fascismo nunca mais.

Almerinda Bento