Artigo:Não há manifestação como esta

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Não há manifestação como esta

Sirvo-me do título do artigo de reportagem de Nuno Ribeiro no jornal Público de hoje para fazer a minha breve Notícia do Dia. Em 48 anos de 25 de Abril, só em 2020 e neste ano de 2022 me limitei a ver o 25 de Abril a partir de casa. Em 2020 cantei a Grândola à janela, este ano a covid obrigou-me ao recolhimento!

Dos testemunhos de tantos amigos, soube que a manif foi linda e que a Av. da Liberdade respirava liberdade e alegria por todos os poros. Na televisão as notícias referiam que há anos que não se viam tantas pessoas a desfilar. Que bom, quando o nosso coração está apertado com o que se passa no mundo e quando se vê que a extrema-direita está cada vez mais arrogante a pôr despudoradamente as garras de fora, aquece-nos o coração a esperança de que há forças imensas para barrar esse caminho.

No artigo a que aludo acima, destaca-se a presença de muitos jovens, “a diversidade reivindicativa fora do comum” e a palavra de ordem “25 de Abril sempre, fascismo nunca mais”, gritada por tantos. Essa palavra de ordem, desconhecia, é da autoria de Jorge Sampaio, personalidade marcante da nossa história, que foi lembrada e evocada de manhã, nas comemorações oficiais na Assembleia da República. E se a Assembleia da República é a casa da democracia, o 25 de Abril só fica completo se sair à rua, “o lugar onde nasceu”.

É verdade, este 25 de Abril soube-me a pouco, por força das circunstâncias. Felizmente, na véspera, visitei o Museu do Aljube e a excelente exposição “Proibido por Inconveniente” com materiais da censura e foi um gosto ver tanta gente na rua e tantos cravos a anunciar essa data inesquecível.

25 de Abril sempre, fascismo nunca mais!

Almerinda Bento