Artigo:Não desistam. É preciso que se mobilizem, que lutem

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Vamos lutar. Porque as escolas têm direito aos professores e os professores têm direito ao trabalho. Esta a mensagem que marcou a ação de luta que teve lugar hoje, na Loja do Cidadão, nas Laranjeiras, em Lisboa. Em causa está o maior despedimento coletivo realizado em Portugal.

 A iniciativa da FENPROF, que se repetiu em diferentes pontos do país, assumiu-se como um momento de esclarecimento dirigido à população, com distribuição de informação sobre o peso dos problemas que se vivem na escola, e que este ano letivo sofrem um brutal agravamento. Foi igualmente distribuída informação sobre o modo de os docentes fazerem valer os seus direitos.

Este ano concorrem 51.200 professores e mais de 43 mil professores não foram colocados. O que significa que, comparativamente ao ano letivo findo, são mais 18 mil professores a ficar no desemprego.Com os reflexos que isso tem para a vida dos professores, naturalmente. Mas também para as escolas e para a qualidade do ensino.

Na intervenção proferida nesta acção de luta, Mário Nogueira referiu, uma vez mais, as medidas tomadas pelo MEC, deliberadamente destinadas a gerar desemprego, com o objetivo de “poupar” 102 milhões de euros. Nomeadamente a criação dos mega agrupamentos, o aumento dos alunos por turma, o fim de disciplinas "através de uma revisão da estrutura curricular sem qualquer sentido do ponto de vista pedagógico", e a eliminação de projetos importantes para a promoção do sucesso escolar e combate ao abandono.

Neste quadro, a FENPROF irá avançar com várias medidas, em particular no que diz respeito à concretização do regime extraordinário de vinculação de professores, à compensação devida aos que ficaram no desemprego e à clara definição, através de uma listagem completa, das atividades letivas.

Dia 5 de Outubro – dia do professor – deverá constituir mais um momento de luta. Pela escola publica e pelo respeito pela profissão docente.