Na minha escola
Foram recentemente divulgados os resultados dos questionários CAF aplicados no Agrupamento de Escolas Marcelino Mesquita do Cartaxo, que podem ser consultados no Moodle da escola.
Numa análise breve, destacaria o único ponto negativo de todos os indicadores em questão: a qualidade das refeições servidas no refeitório, com uma satisfação de 4.7 para um máximo de 10.
Não será pois de estranhar que poucos alunos frequentem o refeitório, preferindo alimentar-se nos Bares e Pastelarias das redondezas, com as consequências, em termos dos indicadores de saúde infanto-juvenil, que se conhecem.
Não se entende a opção dos diferentes Governos por entregar a gestão e exploração dos refeitórios escolares a empresas exteriores à escola, ainda para mais, sabendo nós que existem nos quadros de pessoal das escolas cozinheiras a fazerem serviço de Auxiliar da Acção Educativa.
Um País que gasta 1% do PIB a tratar da Diabetes, que conta com quase 170 novos casos da doença por dia e que tem o maior crescimento do número de jovens obesos e pré-obesos da Europa, necessita urgentemente de colocar a qualidade da alimentação que fornece aos jovens em idade escolar no centro das prioridades politico-educativas.
De facto, podemos concluir que saberemos o País que somos se soubermos o que damos a comer aos nossos jovens alunos.
Ricardo Furtado