Artigo:“Médicos obrigados a emigrar para serem especialistas. Será que voltam?”

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“Médicos obrigados a emigrar para serem especialistas. Será que voltam?”

Este é o título sob o qual nas páginas 16 e 17 do Público de hoje, 16 de maio, de resto com chamada à capa, se englobam várias informações: pelo menos 500 médicos recém-saídos das faculdades de medicina em Portugal não terão vaga em qualquer especialidade (o número total de vagas abertas é inferior ao número de candidatos) e, portanto, ou ficam como médicos generalistas ou emigrarão. O número de alunos inscritos nestas faculdades têm vindo a aumentar, deixando antever que, a não serem tomadas medidas adequadas, a situação permanecerá ou agravar-se-á. Portugal continua pois a girar em torno de uma dupla contradição: parece ter médicos a mais, mas faltam médicos do SNS em várias especialidades e em várias regiões do país, para as quais se contratam médicos espanhóis, cubanos… Por outro lado, tal como em outras áreas da investigação e do ensino superior, continuamos a gastar bom dinheiro (e ainda bem!) formando especialistas de que países estrangeiros se aproveitam sem a despesa da formação. Assim sendo, o desenvolvimento geral do país e particularmente a melhoria do nosso sistema nacional de saúde (SNS) estão postos em dificuldade.

António Avelãs