Artigo:Manuel Heitor, o titubeante tergiversador

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Manuel Heitor, o titubeante tergiversador

Com Manuel Heitor, Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, nunca nada é o que parece ser. Nunca nada é, aliás, aquilo que inicialmente ele próprio afirmava ser. Com Manuel Heitor, não há certezas. Nunca. O que hoje é de uma maneira, amanhã já não é bem assim. É quase. Ou talvez não. Enfim. Diz-se e desdiz-se. Hesita-se, avança-se, retrocede-se, numa infindável sucessão de peripécias e trapalhices, que têm já quase uma legislatura de duração. Numa entrevista recente, o Ministro afirmou que existe pleno emprego dos doutorados em Portugal. Posteriormente, até porque a contestação começou a ganhar forma, retificou a afirmação, dizendo que usou a expressão pleno emprego como um conceito macro-económico. Ao mesmo tempo, recuou nas propinas. Havia alguma vez verdadeiramente avançado? Este é um Ministro, justiça lhe seja feita está longe de ser o único, que sistematicamente adia a resolução de problemas. À medida que nos aproximamos do final da legislatura, dos pequenos, como a questão dos leitores das universidades portuguesas ou os bolseiros elegíveis para a norma transitória que não foram financiados pela FCT, aos grandes, como o efetivo combate à precariedade, tudo parece ficar por resolver. Quando é preciso clareza, Manuel Heitor adensa. Quando é preciso determinação, Manuel Heitor hesita. Quando é preciso ação, Manuel Heitor aguarda.

André Carmo